PITIGUARI NA JANELA E OUTROS POEMAS – José Acaci

José Acaci, professor, poeta e cordelista, já tem um nome registrado na história cultural do Rio Grande do Norte. Suas andanças pelos caminhos da literatura e no cenário da educação provam que sua verve é uma herança legítima daquilo que seu pai, Chagas Ramalho lhe deixou. Os sonhos de José Acaci, são inúmeros. Ele sonha com um mundo melhor para todos, ou seja, igualitário.  Sem sombras de dúvidas, José Acaci deixa claro em sua poesia, nos seus versos quentes e prazerosos a importância da utopia, algo tão raro em um mundo tão doente. Nesse sentido, o viés da educação em que o poeta e professor se ampara é um anúncio daquilo que ainda não é tido como essencial para todos.

O poeta sonha, mas também denuncia as mazelas, o descaso com algo tão primoroso, que é a educação. Ao longo de sua carreira quixoteana, desvendando novos caminhos, espaços e labirintos poéticos, Acaci se traveste com uma armadura importantíssima nesse momento turbulento que passamos, a palavra, ou melhor dizendo, a arte da palavra. As palavras que ecoam desse bardo, já tomaram conta de inúmeros gêneros artísticos. Em outro ângulo, é importante percebermos, que a trajetória do poeta não foi fácil, mas seus seguidores (muitos deles adultos e crianças), substitui todos os momentos e alguns percalços que o poeta passou. Ele ministra oficinas, participa de saraus, incentiva a meninada em sala de aula com seu projeto “cordel em sala de aula”, ou seja, Acaci é um verdadeiro amante da arte. Autor de vários livros, músicas, emboladas repentes ele segue sorrindo, abraçando e o melhor de tudo isso, deixando um legado que tenho a certeza que muitos já estão bebendo nessa fonte. Parabéns poeta, todos os sonhos possíveis de realizar. Um forte abraço e siga na luta, pois a poesia é o que nos salva.

Carlos Magno de Souza.

Professor, poeta e brincante.