KISCHEM KATAK: NOSSA ALDEIA – Wallace Gomes de Moraes

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Utilizando a citação de Leon Tolstoi que diz: “Só seremos universais, se conhecermos e amarmos nossa aldeia”, pode-se deduzir, que se conheço e falo da minha aldeia eu estou falando, de certa forma, do mundo e para o mundo.

Assim, sem qualquer ufanismo, escrever sobre a história de Itambacuri antes de mais nada é uma ode a uma cidade que desde seus primórdios tem sua existência permeada de fatos que merecem ser registrados, pois não devemos deixar o passado de lado, já que somos no presente e o que pretendemos ser no futuro, foi de certa forma, alicerçado no passado. Devemos sempre cultuá-lo e entende-lo, para que erros cometidos outrora, não tornem a acontecer. A sabedoria popular é sabia em nos ensinar – quem ignora sua história está condenado a repetir os mesmos erros.

É incontestável que ao buscarmos nos relatos, narrativas de fatos e nos personagens, um resgate à memória daqueles que forjaram a formação de nossa sociedade, estamos na verdade analisando os avanços e contradições que caracterizaram o processo de colonização e ao mesmo tempo fomentando o interesse pelo passado, que é sem dúvida, a base para a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e promissora.

Uma sociedade que não conhece o seu passado, que é o grande mestre de todos nós, não consegue entender a si própria, e, portanto, não está apta a construir o futuro, pois não saberá refletir sobre o presente e definir a responsabilidade diante do futuro. O indivíduo que conhece a História estará sempre protegido contra o personalismo e consciente de que sua participação ativa e livre é o fundamento de uma sociedade moderna e justa.

Conhecer o passado será sempre o caminho que nos conduzirá à consciência de que construir o presente e o futuro da nossa sociedade é tarefa coletiva, da qual todos os cidadãos podem, devem e precisam participar.  O antagonismo que a vida nos revela entre erros e acertos, entre o sucesso e fracasso e entre a guerra e a paz será o balizador de tudo que a sociedade conseguiu amalgamar.

Entristece-me, que hodiernamente as informações, embora numerosas, são efêmeras e se evaporam no ar, na mesma velocidade em que tudo acontece. A realidade atual, cheia de cibernética, abandona os conceitos mais puros e singelos de um povo, numa sofreguidão por acompanhar os destinos de outrem.

Os conceitos de cultura, moral, ética, religiosidade, honra e orgulho de um território, junto com suas tradições, se dissipam com a volatilidade de um aerossol, e mal temos tempo de assimilar.

Normalmente os fatos históricos que merecem mais importância são aqueles que guardam estreita proximidade com a classe dominante à época. É praxe que as narrativas buscam um só lado, até mesmo para que se evitem confrontos ideológicos, que possam causar melindres.

Exemplo disso foi o que ocorreu com os grupos nativos, que com raras exceções eram taxados como selvagens bárbaros, incultos, necessitados da misericórdia cristã e dos benefícios do desenvolvimento luso-brasileiro. Mesmo sendo atores importantes do processo da historiografia local, ao relegá-los a um plano inferior, muito se perde no contexto histórico.

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