SANGUE E FÉ NA TERRA PROMETIDA – Wallace Gomes de Moraes
R$ 30,00
A colonização da região nordeste do estado de Minas Gerais é pródiga em relatos de lutas pela posse de terra entre pequenos posseiros contra latifundiários e grileiros, resultando em diversos conflitos que redundaram em crimes, expropriação e expulsão dos mais fracos de suas glebas de terras.
Prevalecia sempre a lei do mais forte, do maior poder político e econômico. As questões fundiárias quase sempre eram resolvidas de forma vil e cruel, através de crimes de mando. A terra até então desocupada e desvalorizada ia ganhando importância e valor à medida que a civilização avançava a reboque da pecuária, calcada na derrubada das matas e na implantação das pastagens.
Para os posseiros vindos de todos os lugares, geralmente fugindo das agruras da seca e da miséria, a posse da terra representava para eles a demarcação de um lugar onde pudessem retirar o sustento para seus familiares.
As mazelas da pobreza aliadas às sequelas e aos infortúnios das doenças tropicais eram minimizadas pelo sonho embalado de ter um local onde pudessem plantar, colher e constituir família. Nestas condições tiravam o sustento na colheita da poaia e da jalapa, da venda de madeira, da caça e das plantações de mandioca, milho e feijão nos moldes da coivara. Muitos, não aguentando o sofrimento após breve período na terra, abandonavam-nas em busca de outras ainda inexploradas, vivendo em um típico modelo extrativista. Havia na região uma grande quantidade de terras devolutas, objeto de intensa disputa entre fazendeiros e posseiros, já que elas foram as últimas a serem ocupadas.
Esta situação é retratada neste romance histórico que tem como pano de fundo o diálogo entre a personagem Mariana e seu Avô Dico, relatando as agruras que ele passou na época da colonização da região e a saga em busca de seu pedaço de terra para viver.
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