O LIVRO DOS PROVÉRBIOS E OUTROS MINICONTOS – Tiago Vargas
R$ 24,80
Provérbios são ditos populares, expressões que transmitem conhecimentos, uma sabedoria não erudita. Informal. Retratam basicamente o conhecimento empírico de um povo ou de uma população específica. Possuem um sentido lógico, formato simples e direto. Uma percepção fraseológica.
Máxima breve, anexim, ditado …
Historicamente, os provérbios foram criados na antiguidade e abordam aspectos universais da vida cotidiana.
Precisamente, sua acepção etimológica vem da junção de duas palavras: pro (em lugar de) e verba (palavra). Ou seja, provérbio significa, de modo resumido, uma frase pronunciada em lugar de muitas palavras. Trata-se, portando, de uma absorção de uma multiplicidade. Sua premissa basilar é condensar a sapiência num espaço resumido.
A caracterização conceitual do livro é reverberar alguns provérbios como arcabouço. Cerne.
A ideia como um eixo.
Ponto final ou de partida.
A conexão como axioma, simbiose entre adágios e histórias.
A intertextualidade como preceito entre o texto-matriz e o texto-derivado.
A paráfrase como documento despretensioso.
Sintetizado no todo ou parcialmente.
Resumidamente, provérbios em similaridade com o texto.
Histórias re/contadas.
Na urgência do tempo a escrita minimalista, por vezes lacônica, presente na simplificação de formas e estruturas estéticas.
Literatura urgente. Concisa.
Aberta a experimentações. Pautada na redução dos elementos, não no enfoque.
“Escrever é cortar palavras’’, defendia Drummond.
“Enxugar até a morte’’, sentenciava João Cabral de Melo Neto.
“Corte todo o resto e fique só com o essencial’’. Decretava Hemingway.
Os minicontos são resumos sintéticos, uma tentativa de captar a vida através e fragmentação ou ângulos dessemelhantes. Sons, cores, pensamentos…
Histórias para além do espaço do papel.
Anseios de concisão, narratividade, efeito, abertura e exatidão
Os personagens são simples, discretos. São Fulanos e beltranos. Quase-não personagens.
A temática preponderante é o cotidiano e o viés psicológico.
Microrelatos em tom de poesia.
Sem altivez.
Minha gênese é a lírica.
Por: Tiago Vargas
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